Ladderback chair

Thiago Damata • 14 de junho de 2023

e a linha Gumercindo.

Já vinha estudando esse tipo de construção de cadeiras havia um bom tempo, até que encontrei essa miniatura na casa dos clientes @wilson e @helloa. Tiramos uma foto e publicamos no stories do Instagram. Muita gente interagiu com a publicação, possivelmente por ser uma cadeira com uma silhueta tão conhecida.

Meu pai me lembrou que era em uma cadeira como esta que meu avô Gumercindo trabalhava, arrumando sapatos em sua sapataria. Me veio a vontade de executar a cadeira, mas nunca é tão simples assim. Fiz um protótipo em compensado, adequei ângulos e posição de peças em escala real, então entraram outros trabalhos e não consegui nem finalizar os gabaritos para fazer uma peça piloto. Porém, em seguida veio uma encomenda de bancos altos com encosto, o resultado é o Banco Gumercindo com Encosto.

A cadeira ainda não saiu, mas ta nos planos para a próxima vez que a agenda der uma afrouxada. O Banco Gumercindo sem encosto eu fiz “salvar” peças que eu havia feito o furo com o ângulo errado.

Esse tipo de construção de cadeiras é executada há bastante tempo e em diferentes regiões. Tradicionalmente feita com madeira verde, árvore recém cortada e tirando máximo proveito disso.


A madeira não é serrada e sim “rachada” no sentido das fibras, com isso as partes tiradas tem fibras longas e resistentes, porém como está muito úmida a madeira ainda sofre alteração dimensional.


Com o conhecimento de onde a madeira movimentará e em qual sentido, o artesão pode tirar proveito para construir uma cadeira mais firme e com uma enorme resistência.


Com a madeira verde também é mais fácil curvar a madeira.


Todavia todas essas vantagens não se aplicam para quem tem um marcenaria em uma área urbano, como é meu caso.


Então na linha Gumercindo, pelo menos até agora, todas as curvas foram feitas cortando as peças na serra de fita e em seguida gabaritos de tupia e um pouco de lixa, todos os travamentos, com excessão do encosto, são espigas cilíndricas, travadas com cunhas.


O assento não é de fibra natural e nem com a forma padrão, mas sim de corda náutica.


Várias mudanças foram feitas, principalmente pela dificuldade de conseguir todos os insumos e estrutura para produzir da forma tradicional.

Importante que os móveis ficaram firmes, com boa resistência e com a aparência desejada.

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